Integração, aprendizado e colaboração marcaram o II Simpósio da Rede de Plataformas Tecnológicas (RPT) da Fiocruz, realizado nos dias 1º e 2 de outubro de 2025, no Museu da Vida, no Rio de Janeiro. Celebrando os 20 anos da Rede, o evento reuniu cerca de 250 profissionais da Instituição de diferentes unidades e regiões do País para discutir os rumos da pesquisa e da inovação em saúde no Brasil.
Para muitos participantes, o encontro foi um marco de fortalecimento e reflexão.
A pesquisadora em Saúde Pública, Tais Nóbrega de Sousa, da Coordenação das Plataformas do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), destacou a maturidade da Rede.

Foto – Plínio
“O Simpósio foi uma iniciativa oportuna ao celebrar as conquistas ao longo dos anos, evidenciando os avanços e o amadurecimento da rede. O evento destacou iniciativas bem-sucedidas por meio da colaboração entre as plataformas e promoveu um diálogo enriquecedor entre os participantes. Sem dúvida, abriu novos caminhos de parceria entre as plataformas em todo o País, fortalecendo ainda mais o trabalho em rede na Fiocruz”, celebrou.
De forma semelhante, Rafaela Silva Pessanha da Veiga, da RPT08C (Elispot) do Instituto Oswaldo Cruz (RJ), ressaltou o papel do evento para aprimorar os serviços tecnológicos e fortalecer o trabalho coletivo.
“O Simpósio teve como papel mostrar a inovação dos serviços tecnológicos, demonstrar os pontos Positivos e os negativos das plataformas, onde podemos mudar ou melhorar o serviço que já oferecemos. Acredito que o evento nos fortaleceu mais como rede, não só internamente como em todas as plataformas espalhadas pelo Brasil. Foi um momento de troca e reflexões futuras para melhorarmos como plataforma e podermos aumentar a demanda”, destacou.

Foto – Plínio
Entre as novas gerações, o encontro também foi fonte de inspiração.
Brida Gramacho, biomédica e bolsista de apoio técnico na Plataforma de Citometria de Fluxo da Fiocruz Bahia, contou sobre a emoção de participar.
“Foi uma verdadeira honra, a concretização de um sonho de uma jovem pesquisadora que sempre quis trilhar o caminho da ciência e contribuir para a saúde, seja oferecendo apoio técnico, participando de descobertas ou contribuindo com publicações”, pontuou. Brida enfatizou também sobre a integração de todos. “O Simpósio me mostrou que a união e o comprometimento desse grupo mostram o quanto o trabalho colaborativo transforma ideias em conquistas. Foi também uma oportunidade valiosa para conhecer equipes de diversas plataformas de diferentes regiões do Brasil, fortalecendo laços e ampliando horizontes”.
Já Joelma Saldanha, da Plataforma de Proteômica – Espectrometria de Massas (IOC/RJ), destacou a satisfação de ver resultados concretos do trabalho em rede.
“O II Simpósio da RPT foi um espaço essencial para fortalecer a integração entre as plataformas tecnológicas da Fiocruz. O evento promoveu a troca de experiências, o alinhamento de estratégias e o planejamento conjunto entre diferentes unidades, favorecendo uma atuação mais colaborativa e eficiente”, afirmou.
Para ela, o simpósio também foi um lembrete da força da cooperação. “Essa aproximação reforça o papel das plataformas como pilares do desenvolvimento científico, tecnológico e formativo da Fiocruz, ampliando sua capacidade de inovação e resposta às demandas da pesquisa e da saúde pública”.
O sentimento de integração também foi ressaltado por Renato Marçullo Borges, da plataforma (Ambiente e Saúde – RPT16A e RPT16B) da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP).
“Com uma rede tão diversa e cheia de possibilidades, conseguir fazer isso acontecer de forma integrada e significativa pra todos já é um grande desafio — e por isso, o II Simpósio merece ainda mais reconhecimento. Esse tipo de encontro fortalece o trabalho coletivo, as conexões e o fortalecimento mútuo, especialmente num cenário de recursos cada vez mais limitados”, opinou. Renato relembrou da dinâmica desenvolvida no evento.
“Além disso, ficou claro o cuidado e o empenho da equipe na organização do evento. Isso ficou ainda mais evidente na última dinâmica, quando pudemos colocar no papel nossos desejos, desafios e sonhos. Foi um momento simbólico que reforça o espírito participativo e colaborativo que marca a RPT Fiocruz!”, afirmou.
As falas convergiram com a mensagem da vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, Alda Cruz, que destacou a importância de pensar o futuro com visão estratégica, na abertura do evento: “É o momento de pensar soberania e independência tecnológica. Precisamos estruturar soluções, inclusive do ponto de vista financeiro”.

Foto – Plínio
Nesse sentido, o II Simpósio da Rede de Plataformas Tecnológicas Fiocruz reafirmou o papel da RPT como um espaço de construção coletiva, onde experiências se somam e inspiram o futuro da ciência, da inovação e da saúde no Brasil.
Crédito do texto – Cristiane Barbosa