A edição especial “RPT 20 anos” destaca a trajetória da Rede ao longo de duas décadas de inovação, integração e fortalecimento da pesquisa científica na Fiocruz e em todo o País.

Foto – Plínio
Celebrar vinte anos da Rede de Plataformas Tecnológicas (RPT) é mais do que marcar uma data: é reconhecer uma jornada que moldou, com ciência, compromisso e colaboração, uma das mais importantes infraestruturas de pesquisa do país. Para registrar esse marco, foi lançada a edição comemorativa da Revista RPT, uma publicação especial de 130 páginas que revisita o passado, celebra o presente e lança luz sobre os desafios e horizontes do futuro da Rede. O lançamento ocorreu durante o II Simpósio da Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz, no dia 01 de outubro, no Museu da Vida.
O especial reúne depoimentos de gestores, pesquisadores e técnicos de todas as regiões do Brasil, além de contar com a mensagem do presidente da Fiocruz, reforçando o papel estratégico da RPT na consolidação de uma ciência conectada às necessidades do SUS e da sociedade.
O planejamento da revista exigiu cerca de 10 meses de trabalho entre o desenvolvimento do projeto gráfico, a produção editorial e a coleta de relatos. A publicação contou com a coordenação jornalística de Cristiane Barbosa, o design de Carla Batista e a revisão de Edilson Soares, em uma construção coletiva que traduziu o espírito colaborativo da Rede.
Entre os destaques, está a entrevista exclusiva com Alda Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, que analisa os desafios e as perspectivas da RPT diante de um cenário em que a ciência e a saúde pública exigem respostas cada vez mais colaborativas, éticas e inovadoras.
“O processo de elaboração da revista foi um grande aprendizado. Fiquei imensamente feliz com o resultado. É muito gratificante revisitar a trajetória desses 20 anos por meio de tantas vozes e histórias. Um trabalho primoroso, fruto da dedicação e do talento de toda a equipe envolvida”, destacou a coordenadora da RPT, Cássia Pereira.
A gestora do Comitê Científico da RPT, Janine Boniatti, que também foi uma das idealizadoras da revista, conta que o projeto nasceu de forma espontânea e afetiva. “O processo de construção da revista RPT foi, para mim, um enorme prazer em diversas dimensões”, afirmou.
Ela lembra que a ideia surgiu durante uma representação da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) na unidade Fiocruz Manaus, quando a instituição comemorava seus 30 anos. “Ficamos encantadas com a revista comemorativa da unidade e, naquela noite, olhei para a Cássia e disse: ‘20 anos da RPT, vamos fazer uma revista?’. A partir daí, não paramos mais”, recorda.
Foram meses de trocas de mensagens, ideias e decisões sobre formato, conteúdo e propósito. “Sabíamos que seria um trabalho intenso, mas que o resultado valeria muito a pena”, contou. Segundo Janine, a definição dos grandes eixos: histórico, regionais e atualidade, equipe de gestão, equipes parceiras e futuro da RPT deu à publicação uma dimensão de documento histórico.
“Trabalhar nessa equipe me faz imensamente bem. Embora eu não esteja na Rede há tanto tempo, sempre tive a sensação de fazer parte dela há muito mais, talvez porque já era usuária”, brinca. “Participar da elaboração da revista me aproximou ainda mais das origens da RPT e das pessoas que a constroem para além do trabalho cotidiano”.
Ela reconheceu que o processo não foi simples. “Foi muito mais trabalhoso e desafiador do que imaginei! Tivemos que manter critérios e foco nos propósitos da revista, o que é difícil diante da quantidade de histórias e dados que poderíamos compartilhar”.
Ainda assim, Janine destacou que o trabalho coletivo tornou a jornada mais leve. “Dividi essa experiência com pessoas extremamente competentes, todo o corpo editorial. E não posso deixar de agradecer especialmente à minha amiga e parceira de trabalho, Cássia. Estivemos juntas desde a ideia lá em Manaus até o lançamento no Simpósio. Agradeço pelos ensinamentos, pela paciência e, acima de tudo, pela leveza e parceria em todos os momentos compartilhados”.
Para Cristiane, jornalista responsável pelas reportagens e edição, a publicação, além de ser um registro institucional histórico, consiste em um gesto de valorização da ciência feita por pessoas.
“É um exercício de memória, mas também de divulgação científica porque aproxima a sociedade do que está por trás das pesquisas, das plataformas e dos resultados que impactam diretamente a saúde pública. Mostrar essas histórias é reafirmar que ciência não é apenas laboratório e tecnologia: é gente, é território, é compromisso com a vida. Essa edição é, acima de tudo, uma celebração do conhecimento compartilhado”, afirmou.
Com um conteúdo visualmente cuidadoso e narrativas que entrelaçam técnica e emoção, a edição comemorativa da Revista RPT reafirma o papel da comunicação científica como ponte entre quem faz e quem se beneficia da pesquisa. A ideia é de ter uma edição anual da publicação.
A publicação inédita é um tributo às pessoas que constroem saúde com ciência e um convite a continuar acreditando na pesquisa como pilar essencial da sociedade brasileira.
Crédito do texto – Cristiane Barbosa